quarta-feira, 21 de março de 2007

Alcoutim






O concelho de Alcoutim é o que da província do Algarve mais a nordeste se situa. Ocupa uma posição fronteiriça com a vizinha Espanha e a sede de concelho do mesmo nome encontra-se posicionada na margem direita do Rio Guadiana, em frente a San Lucas del Guadiana.
A vila de Alcoutim, com as suas ruelas tortuosas, guardam "segredos" de outros tempos, precisamente por ter sido palco de muito contrabando, donde restaram para os dias de hoje grande amizades e laços culturais com os vizinhos espanhóis da margem esquerda do rio que os dois povos partilham.
As origens de Alcoutim remontam ao período Calcolítico, época em que uma tribo celtibética ali se terá fixado. Pelas excelentes características de navegabilidade do rio, ter-se-á desenvolvido um intercâmbio transfronteiriço, nomeadamente através da exportação de trigo e minérios, e se importavam produtos para a construção e sal. Posteriormente em Alcoutim, se terão fixado outros povos – Fenícios, Gregos e Cartagineses. No século II a.C. a localidade terá sido ocupada pelos Romanos, que a baptizaram por Alcoutinium, e mais tarde pelos Árabes, donde surgiu a designação de Alcatiãos.
Alcoutim passou a ser território português no ano de 1371, resultante de um Tratado de Paz entre os reis de Portugal e Castela, respectivamente, D. Fernando e D. Henrique.
Os vestígios históricos existentes mais preponderantes são o Castelo da Vila – digno de uma visita -, a Igreja Matriz do Salvador, de três naves e quatro tramos, a Ermida de Nossa Srª da Conceição, com seu portal manuelino (séc. XVI), entre outros vestígios que se encontram um pouco por todo o concelho, como é o caso do Menir do Lavajo - monumento megalítico situado na povoação de Afonso Vicente, freguesia de Alcoutim - tornado público em 1992 por Mário Varela Gomes, João Cardoso e António do Nascimento Joaquim.
Alcoutim mantém bem viva a sua grande fonte de riqueza - o artesanato tradicional. Os arranjos de flores, a renda de bilros, a tecelagem, a olaria e a cerâmica, ou a cestaria, a empreita e, por fim, a produção de aguardente de medronho, são algumas das actividades complementares da população alcouteneja, hoje quase inteiramente dependente do que se produz na agricultura e na pastorícia. Sobrevivem ainda, felizmente, algumas profissões tradicionais que a era do plástico não conseguiu destruir – graças aos apoios institucionais que entretanto surgiram -, tais como o sapateiro, o caldeireiro, o albardeiro e o latoeiro.
O concelho de Alcoutim é também uma grande zona de produção de caça e por isso para lá convergem muitos caçadores onde se deliciam com os petiscos da zona, designadamente, uma boa Açorda de Galinha, uma Caldeirada de Lampreia, tendo como entrada um queijo de cabra ou uma chouriça e o pão caseiro. Os doces de amêndoa e figo são típicos neste concelho.

Locais de Interesse
Alcoutim

Castelo
Igreja Matriz
Ermida de Nossa Senhora da Conceição
Anta do Curral da Castelhana
Menir do Lavajo
Castelo de Santa Justa
Minas de Laborato e Aroeira
Mina da Cova dos Mouros
Mina da Alcaria Queimada
Minas do Cerro do Seixo Branco e da Erma do Brejo
Minas de Forras Merendas/Cerro da Pedra e da Galinha
Minas de Cortes Pereira
Clarines
Castelo das Relíquias

Giões

Igreja Matriz
Ermida da Nossa Senhora da Oliveira

Martinlongo

Igreja Matriz
Ermida do Espírito Santo Ermida de S. Sebastião
Ermida de Santa Justa

Pereiro

Igreja Matriz

Vaqueiros

Igreja Matriz
Ermida de S. Bento

Praias


Freguesias deste Concelho: Alcoutim, Giões, Martinlongo, Pereiro, Vaqueiros